Aurora Boreal pela primeira vez? Aprenda o mais importante!
Quando queremos intensamente algo instintivamente nossas mentes se ajustam para receber aquele objeto, aquela sensação, que na verdade me parece ser a recompensa do investimento criado quando capitalizamos nossos desejos.
A partir de então temos um problema, ansiedade.
Analogamente podemos imaginar uma fogueira. A ansiedade é o fogo. Faz bem. Em uma noite de frio esquenta nossos corpos e alimenta nossa satisfação fisiológica. Entretanto se o fogo se descontrolar, e suponhamos que você não possa se mover para longe da fogueira, esse fogo fará mal. Não preciso explicar.
Nesta fogueira o fogo é alimentado pelas nossas expectativas. Nesta analogia entendamos as expectativas como sendo o frio que sentimos. Quanto menor o frio, menor a fogueira, logo mais fácil de a mantermos sob controle.
No mundo da internet, onde a informação é fácil, mas nem sempre de qualidade, e no mundo da informação, qual nos tornamos especialistas em minutos, alimentamos o fogo com um combustível de falsas verdades, quais nada mais são para nossa fogueira como flamáveis desconhecidos que tiram nosso controle sobre o fogo.
Quando nós do Fora de Foco administramos expedições para a Islândia (e agora também Groenlândia) onde uma das atividades da nossa rotina é justamente a caçada à Aurora Boreal, conseguimos notar facilmente a ansiedade em nossos viajantes. Por não encontrarem rapidamente o fenômeno nos primeiros dias, ali, bem perto de um planejamento longo, e de seus sonhos, vemos a ansiedade ameaçar momentos espetaculares, bem maiores que o fenômeno da Aurora Boreal.
A Islândia é um destino que permite duas viagens. Uma interna, e outra externa. É um destino único. Uma oportunidade não exatamente para seus planos, mas sim o oposto. Uma oportunidade para entender como são pequenos os nossos desejos perto da grandiosidade da vida. Podemos lembrar Confúcio. Entendermos na prática da natureza prevalecente Islandesa que não é possível mudarmos a direção do vento, mas é possível navegar ajustando as velas. Não estamos no comando de tudo, mas não precisamos nos sentir à deriva se sabemos navegar com nossas ansiedades.
Concluo que a ansiedade é sim um bom combustível! Sem ela, não veríamos os rios de lágrimas que parecem vir de outro mundo quando surgem as Auroras Boreais, mas neste oceano de emoção temos que nos cuidar para não naufragar antes do sol se pôr. Deixe a natureza no comando te entregar o que ela puder oferecer! Essa é a beleza de viajar para a Islândia. Lá, bem longe de qualquer viagem convencional, não somos nada além de uma sombra, uma pequena parte de uma natureza deslumbrante! Sempre com aquele constante vento que não se controla a direção.