Nesta série de posts entregamos grandes segredos de um país único, a Islândia. Uma ilha com mais 10.000 cachoeiras, 800 fontes termais, 35 vulcões ativos, e uma natureza de tirar o fôlego! Bastaria! Porém, a Islândia não é uma país apenas de paisagens. É mais! Pinturas. Poemas. Músicas. Literatura. História. Arte. Sagas. Vikings… Um novo mundo que aos poucos vamos apresentando em nossos posts.
Hoje vamos falar de Cachoeiras da Islândia – Gljúfrafoss
Como dito em nossa apresentação a Islândia tem incontáveis cachoeiras. Algumas delas, sem nome conhecido, foram batizadas pelos viajantes de nossas expedições. Como, por exemplo, as fantásticas Quesefoss e Tônafoss. Uma brincadeira que fazemos com nossos clientes quando encontramos lindas quedas inominadas durante nosso percurso de dias adentro do interior das terras Islandesas.
O que nos impressiona nas quedas d´água da Islândia é como elas são bem diferentes uma das outras. Graças às formações rochosas vindas do resfriamento nada uniforme das lavas vulcânicas, as águas encontram o caminho para o mar por topografias e formas bem distintas, escorregando em curvas que levam a vales e grutas escondidas. Quase sempre um espetáculo!
Uma das cachoeiras que mais gostamos da Islândia é a Gljúfrafoss. Há pouco tempo atrás, nem mesmo a proximidade com a famosa cachoeira Seljalandsfoss a fazia conhecida. Poucas pessoas exploravam o que acontecia com a água que caía do alto da montanha e sumia dentro do conjunto de pedras na base. Mas com o crescimento do turismo ela foi ficando cada vez mais famosa, e hoje é ponto certo de turistas do mundo todo!
O nome Gljúfrafoss significa “cachoeira do cânion”. Parecia-nos uma tradução inexata, afinal trata-se de uma gruta, mas anos depois conseguimos notar que o contexto desta cachoeira é muito mais abrangente. Outra história… Mas assim como a famosa Seljalandsfoss, a Gljúfrafoss é o endereço final das águas que degelam da geleira do vulcão Eyjafjallajökull, mas neste caso ao contrário da vizinha famosa, a Gljúfrafoss surge por dentro de uma linda gruta de pedra vulcânica.
Em teoria, para alcançá-la é preferível que você esteja na Islândia em épocas certas, onde o nível dos rios está baixo. É até possível entrar na gruta com o rio com um volume maior, mas certamente impossível ir sem molhar ensopar botas, calças, meias. Perda total! Como na Islândia é muito difícil prever o clima, pois os níveis dos rios são formados pela harmonia de degelo e preciptação, é importante ter em mente que para entrar na gruta com segurança deve-se evitar dias de chuvas intensas.
Nós guias recebemos com antecedência, e também em tempo real, alertas de emergência para o clima. Mas caso você não esteja com um guia, pergunte ao ranger responsável pela área sobre a segurança de entrar na cachoeira no dia. Uma inesperada tromba na minúscula gruta pode ser um grande problema. Outra dica é olhar a profundidade do rio. Se já for superior a altura do joelho, esqueça. Não entre.
Em boas condições, geralmente no inverno ou meses com baixa precipitação (como se fosse possível prever clima na Islândia), a fria água de degelo não ultrapassa mais que a altura da canela, então é aconselhável ter botas sapatos resistentes. Ainda assim acredite; Você irá molhá-los. Melhor ter um par de sapatos e meias extras. Mas quer saber? Vale a pena! Dentro da gruta você terá a cachoeira, a clarabóia natural que permite a entrada de luz, e uma grande pedra arredondada, perfeitamente posicionada para que você consiga se posicionar para ótimas fotos contextualizando estes três elementos que ecoam o barulho ensurdecedor da queda d´água.
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Dica de fotografia:
Para uma boa foto nesta cachoeira temos que considerar três coisas. Ela é escura, pequena, e a lente molha muito rápido. Deste modo, a lente ideal para um fotografia dentro desta gruta é uma grande angular de boa abertura. Utilizamos uma Canon 16mm f/2.8.
Se a intenção for fazer um arrasto, lembre-se que quanto maior o tempo de exposição mais “suja” ficará a lente por conta dos respingos de água que cairão sobre ela. Uma boa dica é colocar sua câmera em um bom tripé que permita ângulos próximos ao chão, verificar a composição marcando as posições, secar e proteger a lente enquanto a foto não é disparada, e então não disparar a foto em um tempo não maior que o necessário para criar um bom arrasto. Outra dica importante para quem vai tirar a clássica foto na frente da cachoeira é verificar se na composição o seu motivo está na frente do véu da cachoeira, principalmente quando estiverem vestindo peças pretas, pois assim elas ganharão contraste e se destacarão. Caso contrário, ficarão escondidas contra o escuro basalto ao fundo. Muitas pessoas que vão para Islândia compram capas de chuva amarela, pois elas dão grande contraste e cor nas paisagens escuras. Pessoalmente acho que “já deu” de capa de chuva amarela nas fotos da Islândia, mas sim, dão ótimas fotos.
Para chegar até a Gljúfrafoss é bem fácil. Fora do inverno, quando as condições das estradas congeladas são perigosíssimas e você deve evitar dirigir a todo custo, chegar até a cachoeira é uma questão de no máximo duas horas da capital Reykjavík pela rodovia 1.
Lá, deixe seu carro no estacionamento da cachoeira de Seljalandsfoss. Percorra o pequeno caminho da famosa cachoeira que permite passar por trás do véu (muito bonita nas horas de pôr do sol), e ao final deste caminho após descer uma escada metálica, siga para a direita andando até a cachoeira do cânion, Gljúfrafoss!
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